Glúteo Máquina: Guia Completo para Desenvolvimento Máximo
- Central Fitness
- 24 de mai.
- 15 min de leitura
A máquina de glúteo, também conhecida como máquina de kickback ou extensão de quadril, representa uma das ferramentas mais eficazes e direcionadas para o desenvolvimento dos músculos glúteos.
Este equipamento especializado permite isolamento preciso do glúteo máximo, proporcionando estímulo intenso com estabilidade e controle superiores comparados a muitas alternativas com peso livre.
Neste guia abrangente, exploraremos todos os aspectos do treinamento com a máquina de glúteo, desde a anatomia e execução técnica perfeita até estratégias avançadas de programação e superação de platôs para maximizar o desenvolvimento desta região crucial.
Anatomia e Biomecânica dos Glúteos

Para maximizar os resultados do treinamento na máquina de glúteo, é essencial compreender a anatomia dos músculos envolvidos e como a biomecânica específica deste exercício os afeta. Esta compreensão permite otimizar a execução e personalizar o exercício para seus objetivos específicos.
Músculos Primários e Secundários
O complexo glúteo é composto por três músculos principais que trabalham em conjunto para criar movimentos poderosos do quadril:
O glúteo máximo é o maior e mais superficial dos três, formando a maior parte do contorno visível dos glúteos. Este músculo poderoso é o principal responsável pela extensão do quadril (movimento de empurrar a perna para trás), sendo o alvo primário da máquina de glúteo. Origina-se no ílio, sacro e cóccix, inserindo-se na linha áspera do fêmur e no trato iliotibial.
O glúteo médio localiza-se parcialmente sob o glúteo máximo, na face lateral do quadril. Embora sua função primária seja a abdução do quadril (movimento da perna para o lado), ele também contribui para rotação e estabilização durante movimentos de extensão. Na máquina de glúteo, o glúteo médio atua como sinergista, particularmente quando se utiliza rotação externa da coxa durante o movimento.
O glúteo mínimo é o menor e mais profundo dos três, situado sob o glúteo médio. Similar ao médio em função, contribui para abdução e rotação interna do quadril, além de estabilização da pelve durante movimentos unilaterais.
Além destes músculos primários, a máquina de glúteo também ativa músculos secundários:
Os isquiotibiais (semimembranoso, semitendinoso e bíceps femoral) são ativados como sinergistas durante a extensão do quadril, embora seu envolvimento seja significativamente reduzido na máquina de glúteo comparado a exercícios como agachamento ou levantamento terra devido ao posicionamento que minimiza a flexão do joelho.
O eretor da espinha e outros músculos estabilizadores da coluna trabalham isometricamente para manter a postura adequada durante o exercício, particularmente quando se utiliza cargas mais pesadas.
Os adutores (especialmente o adutor magno) contribuem secundariamente para o movimento, particularmente quando se utiliza rotação interna da coxa durante a execução.
Biomecânica da Máquina de Glúteo
A máquina de glúteo cria um movimento de alavanca que isola efetivamente o glúteo máximo através de extensão pura do quadril enquanto minimiza o envolvimento de outros grupos musculares. Esta especificidade é sua principal vantagem sobre exercícios compostos.
O design da máquina tipicamente posiciona o praticante apoiado sobre uma plataforma acolchoada, com o quadril flexionado e o joelho dobrado a aproximadamente 90°. Esta posição pré-estica o glúteo máximo, criando maior tensão inicial e potencialmente aumentando a ativação durante o movimento.
A trajetória fixa da máquina elimina a necessidade de estabilização em múltiplos planos, permitindo foco total na contração do glúteo máximo sem preocupação com equilíbrio ou coordenação complexa. Esta característica torna o exercício particularmente valioso para iniciantes ou reabilitação.
A resistência variável ao longo do movimento (dependendo do design específico da máquina) frequentemente cria maior tensão na posição contraída, onde o glúteo máximo está em posição de maior desvantagem mecânica. Esta característica intensifica o estímulo justamente no ponto onde muitos exercícios tradicionais perdem tensão.
A capacidade de ajustar o ponto de partida (amplitude inicial) permite personalização baseada em mobilidade individual e objetivos específicos, potencialmente aumentando a eficácia do exercício para diferentes praticantes.
Execução Correta na Máquina de Glúteo
A técnica adequada é fundamental para maximizar os benefícios e minimizar os riscos associados ao treinamento na máquina de glúteo. Cada aspecto da execução merece atenção cuidadosa, desde o ajuste inicial do equipamento até a conclusão do movimento.
Ajuste do Equipamento e Posicionamento Inicial
Ajuste a altura do apoio para o peito/abdômen de modo que, quando posicionado, seu quadril fique alinhado com o eixo de rotação da máquina. Este alinhamento é crucial para biomecânica adequada e redução de estresse indevido nas articulações.
Ajuste o comprimento do braço de alavanca (distância do apoio para perna) de modo que o rolo acolchoado posicione-se confortavelmente na parte posterior da coxa, tipicamente logo acima da dobra do joelho. Posicionamento muito baixo (próximo ao joelho) ou muito alto (meio da coxa) pode comprometer a eficácia e conforto.
Selecione peso inicial conservador até familiarizar-se completamente com o movimento e sentir ativação adequada nos glúteos. A progressão de carga deve ocorrer apenas quando a técnica perfeita estiver estabelecida.
Posicione-se na máquina apoiando o peito/abdômen na plataforma acolchoada, segurando firmemente as alças ou apoios para mãos. O corpo deve estar estável e bem suportado, com a coluna em posição neutra (nem excessivamente arqueada nem arredondada).
Posicione a perna de trabalho no apoio acolchoado, com o joelho flexionado a aproximadamente 90°. A perna oposta deve estar firmemente apoiada na plataforma designada para estabilização.
Execução do Movimento
Partindo da posição inicial com o quadril flexionado, contraia conscientemente o glúteo da perna de trabalho e inicie o movimento de extensão do quadril, empurrando a perna para trás e para cima através do apoio acolchoado.
Execute o movimento primariamente pela contração do glúteo, não por impulso ou balanço do corpo. O movimento deve ser controlado e deliberado, com foco na qualidade da contração muscular.
Continue o movimento até extensão completa do quadril ou até o ponto onde sente máxima contração no glúteo. Dependendo do design da máquina e flexibilidade individual, este ponto pode variar, mas tipicamente ocorre quando a coxa está ligeiramente além da linha do tronco.
No ponto de contração máxima, faça uma pausa momentânea de 1-2 segundos, conscientemente intensificando a contração do glúteo. Esta pausa isométrica aumenta significativamente a eficácia do exercício e reforça a conexão neuromuscular.
Retorne controladamente à posição inicial, resistindo ativamente ao peso durante toda a fase excêntrica (descida). Evite permitir que o peso simplesmente caia ou que a perna seja puxada rapidamente pela gravidade.
Respiração e Controle
Utilize padrão de respiração que suporte o movimento: exale durante a fase concêntrica (empurrar para trás) e inale durante a fase excêntrica (retorno), coordenando naturalmente com o esforço.
Mantenha o core engajado durante todo o movimento para estabilizar a pelve e coluna lombar. Esta estabilização é crucial para isolar adequadamente o glúteo e prevenir compensações.
Evite arquear excessivamente a coluna lombar durante o movimento, o que poderia transferir tensão para os eretores da espinha e potencialmente criar estresse indevido. Mantenha posição neutra da pelve durante todo o exercício.
Controle o movimento em ambas as fases, evitando tanto empurrões explosivos quanto retornos descontrolados que possam comprometer a técnica ou criar forças excessivas nas articulações. Um ritmo controlado de 2 segundos na fase concêntrica, 1-2 segundos de contração no topo, e 2-3 segundos na fase excêntrica é geralmente ideal para desenvolvimento muscular.
Foque na sensação do glúteo trabalhando, desenvolvendo conexão mente-músculo que permite recrutamento mais eficiente e resultados superiores ao longo do tempo. Visualize o músculo contraindo e alongando durante cada repetição.
Variações e Técnicas Avançadas

Diversas variações e técnicas avançadas podem ser implementadas na máquina de glúteo para criar estímulos diferentes, enfatizar áreas específicas ou simplesmente adicionar variedade ao seu treinamento. Estas modificações permitem continuar progredindo mesmo após dominar a versão básica do exercício.
Variações de Posicionamento da Perna
Rotação externa da coxa: Girar ligeiramente o pé para fora (rotação externa do quadril) durante o movimento enfatiza a porção externa do glúteo máximo e aumenta o envolvimento do glúteo médio. Esta variação é particularmente valiosa para desenvolvimento da "prateleira" lateral do glúteo.
Rotação interna da coxa: Girar ligeiramente o pé para dentro (rotação interna do quadril) durante o movimento enfatiza a porção interna do glúteo máximo e aumenta o envolvimento dos adutores. Esta variação menos comum pode ser valiosa para desenvolvimento equilibrado.
Joelho mais flexionado: Aumentar a flexão do joelho além dos 90° padrão reduz a contribuição dos isquiotibiais e intensifica o isolamento do glúteo máximo. Esta modificação é particularmente valiosa para praticantes que tendem a sentir excessivamente os isquiotibiais durante o exercício.
Joelho mais estendido: Reduzir ligeiramente a flexão do joelho (aproximadamente 70-80° em vez de 90°) aumenta o envolvimento dos isquiotibiais como sinergistas. Esta variação pode ser útil para desenvolvimento equilibrado da cadeia posterior como unidade funcional.
Técnicas de Intensificação
Contração máxima voluntária: No ponto de contração máxima, além de manter a posição, contraia conscientemente o glúteo com máxima intensidade possível, como se tentasse "esmagar uma noz" entre os músculos. Esta técnica neurológica aumenta significativamente a ativação muscular mesmo sem resistência externa adicional.
Pulsos no topo: Após atingir a posição de contração máxima, execute 3-5 pequenos "pulsos" de 2-3cm antes de retornar à posição inicial. Esta técnica intensifica a contração no ponto mais produtivo do movimento.
Séries descendentes (drop sets): Execute uma série até a falha momentânea, imediatamente reduza o peso em 20-30%, e continue sem descanso até nova falha. Esta técnica pode ser repetida por 2-3 "drops" consecutivos, criando estímulo metabólico extremo.
Repetições parciais: Após atingir falha concêntrica com amplitude completa, continue com 5-8 repetições parciais focando apenas no terço superior do movimento (zona de maior contração). Esta técnica estende o estímulo além da falha normal, potencialmente recrutando fibras musculares adicionais.
Isometria funcional: Incorpore pausas de 3-5 segundos em pontos específicos da amplitude, particularmente na posição de contração máxima ou em pontos de transição desafiadores. Esta técnica aumenta significativamente o tempo sob tensão nas posições mais produtivas.
Protocolos Avançados de Séries
Série gigante para glúteos: Combine a máquina de glúteo com 2-3 outros exercícios para glúteos executados sequencialmente sem descanso. Por exemplo: máquina de glúteo → elevação pélvica → agachamento sumô → abdução de quadril. Esta técnica cria estímulo metabólico e mecânico abrangente.
Pré-exaustão: Execute um exercício de isolamento como abdução de quadril imediatamente antes da máquina de glúteo, sem descanso entre os exercícios. Esta técnica cria fadiga seletiva que potencialmente intensifica a ativação durante o exercício subsequente.
Bi-set antagonista: Alterne entre a máquina de glúteo e um exercício para o antagonista (flexor do quadril) como elevação de joelho ou marcha elevada, com descanso mínimo entre eles. Esta técnica pode aumentar o desempenho através de inibição recíproca e potencialmente acelerar a recuperação entre séries.
Contraste de repetições: Alterne entre repetições lentas (4-5 segundos na fase concêntrica) e repetições em velocidade moderada (1-2 segundos) dentro da mesma série. Esta técnica estimula diferentes tipos de fibras musculares e mecanismos de hipertrofia.
Repetições 1½: Execute uma repetição completa seguida por meia repetição (retornando apenas metade do caminho à posição inicial antes de estender novamente) contando como uma única unidade. Esta técnica aumenta significativamente o tempo sob tensão e intensifica o estímulo na porção mais desafiadora do movimento.
Programação Efetiva para Desenvolvimento Glúteo
A incorporação estratégica da máquina de glúteo em seu programa de treinamento requer considerações sobre volume, intensidade, frequência e sequenciamento para maximizar os resultados. Estas diretrizes ajudarão a otimizar o desenvolvimento dos glúteos através deste exercício.
Volume e Intensidade Ideais
Para desenvolvimento hipertrófico ideal dos glúteos, a maioria dos praticantes obtém resultados ótimos com 3-5 séries de 10-15 repetições na máquina de glúteo por sessão. Este intervalo cria equilíbrio entre tensão mecânica e estresse metabólico, os dois principais estímulos para crescimento muscular
.
Para desenvolvimento de força e densidade muscular, séries ocasionais de menor volume e maior intensidade (3-4 séries de 6-8 repetições com cargas mais pesadas) podem ser benéficas, particularmente para atletas buscando melhorar desempenho em movimentos de extensão de quadril.
Para maximizar a conexão mente-músculo e desenvolvimento de detalhe, séries de maior volume com intensidade moderada (2-3 séries de 15-20 repetições com ênfase em contração máxima) podem ser implementadas, particularmente como técnica de finalização após trabalho mais pesado.
A periodização destes diferentes protocolos ao longo de ciclos de treinamento frequentemente produz resultados superiores comparados à utilização exclusiva de um único protocolo. Por exemplo, 4-6 semanas focadas em hipertrofia, seguidas por 2-3 semanas de ênfase em força, e finalizando com 2 semanas de volume alto/conexão mente-músculo antes de reiniciar o ciclo.
Frequência e Recuperação
Os glúteos são músculos grandes e poderosos com capacidade de recuperação relativamente rápida, permitindo frequência de treinamento moderada a alta. Para a maioria dos praticantes, treinar os glúteos diretamente 2-3 vezes por semana proporciona frequência ideal para crescimento.
Iniciantes podem progredir adequadamente com apenas 2 sessões semanais, enquanto praticantes avançados frequentemente beneficiam-se de 3-4 sessões semanais, geralmente com variação de ênfase entre as sessões (ex: uma sessão focada em carga pesada, outra em volume alto).
O tempo de recuperação necessário após sessões intensas focadas em glúteos varia significativamente entre indivíduos, mas tipicamente requer 48-72 horas para recuperação completa. Fatores como idade, nível de condicionamento, nutrição e qualidade do sono influenciam significativamente este tempo de recuperação.
Estratégias de recuperação ativa como caminhadas leves, ciclismo de baixa intensidade ou natação podem acelerar a recuperação através de aumento do fluxo sanguíneo sem criar estresse adicional significativo. Estas atividades são particularmente valiosas nos 1-2 dias seguintes a sessões intensas focadas em glúteos.
Sequenciamento em Treinos
O posicionamento ideal da máquina de glúteo dentro de um treino depende dos objetivos específicos e da estrutura geral do programa. Para desenvolvimento geral, considere estas diretrizes de sequenciamento:
Como exercício principal: Para aqueles priorizando desenvolvimento glúteo, posicione a máquina de glúteo no início do treino, após aquecimento adequado. Esta sequência permite utilizar cargas máximas quando o sistema neuromuscular está fresco e a conexão mente-músculo é mais forte.
Como exercício secundário: Após exercícios compostos principais como agachamento, levantamento terra ou elevação pélvica com barra. Esta sequência aproveita a pré-ativação dos glúteos pelos movimentos compostos, potencialmente aumentando o recrutamento durante o exercício de isolamento.
Como exercício de finalização: No final do treino para "queimar" completamente os glúteos após trabalho mais pesado. Nesta posição, técnicas de intensificação como repetições parciais, drop sets ou isometria podem ser particularmente eficazes para estímulo metabólico final.
Em superset ou tri-set: Combinado estrategicamente com exercícios complementares como abdução de quadril e elevação pélvica para criar estímulo abrangente sem descanso entre movimentos. Esta abordagem aumenta significativamente a densidade do treino e estresse metabólico.
Integração em Programas Completos
Para desenvolvimento glúteo equilibrado, a máquina de glúteo deve ser integrada em programa que inclua variedade de estímulos através de diferentes padrões de movimento e ângulos de trabalho:
Programa Básico para Desenvolvimento Glúteo (3x por semana)
Dia 1 - Ênfase em Força:
Agachamento ou levantamento terra: 4 séries de 6-8 repetições
Máquina de glúteo: 4 séries de 8-10 repetições
Elevação pélvica: 3 séries de 10-12 repetições
Abdução de quadril: 3 séries de 15-20 repetições
Dia 2 - Ênfase em Volume:
Afundo: 3 séries de 10-12 repetições por perna
Elevação pélvica com pés elevados: 3 séries de 15-20 repetições
Máquina de glúteo: 3 séries de 12-15 repetições
Abdução de quadril deitado com banda: 3 séries de 20-25 repetições
Dia 3 - Ênfase em Intensificação:
Levantamento terra romeno: 3 séries de 10-12 repetições
Máquina de glúteo com drop set: 3 séries de 10-12 repetições + drop
Elevação pélvica unilateral: 3 séries de 12-15 repetições por lado
Circuito de finalização: 3 rounds de 30 segundos cada exercício (abdução em pé, ponte de glúteo, hiperextensão)
Programa Avançado para Desenvolvimento Glúteo (4x por semana)
Dia 1 - Força Máxima:
Agachamento profundo: 5 séries de 5 repetições
Máquina de glúteo (carga pesada): 4 séries de 6-8 repetições
Elevação pélvica com barra: 3 séries de 8-10 repetições
Abdução de quadril na máquina: 3 séries de 12-15 repetições
Dia 2 - Hipertrofia/Volume:
Afundo búlgaro: 3 séries de 10-12 repetições por perna
Máquina de glúteo (volume moderado): 4 séries de 12-15 repetições
Elevação pélvica com pés elevados: 3 séries de 15-20 repetições
Abdução de quadril deitado com banda: 3 séries até falha
Dia 3 - Potência/Explosividade:
Salto com agachamento: 4 séries de 5 repetições
Levantamento terra romeno: 3 séries de 8-10 repetições
Máquina de glúteo com ênfase em velocidade: 3 séries de 10 repetições explosivas
Elevação pélvica unilateral: 3 séries de 12 repetições por lado
Dia 4 - Metabólico/Definição:
Circuito completo: 4 rounds de (sem descanso entre exercícios, 90 segundos entre rounds)
Máquina de glúteo: 12 repetições
Abdução de quadril: 15 repetições
Elevação pélvica: 20 repetições
Agachamento sumô: 15 repetições
Tri-set de finalização: 3 rounds de
Máquina de glúteo com pausa: 10 repetições com 3 segundos no topo
Abdução em pé com banda: 20 repetições
Ponte de glúteo isométrica: 30 segundos
Superando Platôs e Maximizando Resultados
Mesmo com exercício tão eficaz como a máquina de glúteo, platôs de desenvolvimento são inevitáveis sem estratégias específicas para continuar progredindo. Estas técnicas ajudarão a superar estagnação e maximizar resultados a longo prazo.
Estratégias de Progressão Avançada
Progressão de carga sistematizada: Implemente sistema consistente de aumento de carga, como adicionar 5-10% ao peso ou adicionar 1-2 repetições a cada 1-2 semanas. Documente meticulosamente para garantir progressão consistente ao longo do tempo.
Periodização não-linear: Varie sistematicamente volume e intensidade entre sessões, alternando entre dias de carga pesada/baixo volume (6-8 repetições), dias de carga moderada/volume moderado (10-12 repetições), e dias de carga leve/alto volume (15-20 repetições). Esta variação previne adaptação excessiva a um único estímulo.
Técnica de contraste: Alterne entre blocos de treinamento focados em diferentes aspectos do desenvolvimento. Por exemplo, 3-4 semanas focadas em força máxima, seguidas por 3-4 semanas de volume alto, seguidas por 2 semanas de técnicas de intensificação antes de reiniciar o ciclo.
Microciclos de sobrecarga: Implemente semanas planejadas de volume ou intensidade significativamente aumentados (20-30% acima do normal) seguidas por semanas de recuperação com volume/intensidade reduzidos. Este padrão de "dois passos à frente, um passo atrás" frequentemente rompe platôs persistentes.
Variação de tempo sob tensão: Manipule sistematicamente a velocidade de execução para criar estímulos diferentes. Por exemplo, alterne entre semanas utilizando tempo 2-1-2 (2 segundos concêntrico, 1 segundo pausa, 2 segundos excêntrico) e semanas utilizando tempo 4-2-4 para maior estresse metabólico.
Técnicas de Conexão Mente-Músculo
Contração isométrica pré-série: Antes de iniciar cada série na máquina, realize contração isométrica voluntária máxima dos glúteos por 10-15 segundos. Esta técnica "desperta" as vias neurais e potencialmente aumenta o recrutamento durante a série subsequente.
Visualização ativa: Durante cada repetição, visualize conscientemente o glúteo contraindo e alongando. Esta técnica neurológica pode aumentar significativamente a ativação muscular através de melhor recrutamento de unidades motoras.
Feedback tátil: Toque brevemente o glúteo de trabalho antes ou entre séries para reforçar a conexão neural. Este feedback proprioceptivo adicional pode melhorar a capacidade de ativar completamente o músculo durante o exercício.
Treinamento unilateral focado: Dedique sessões ocasionais exclusivamente ao trabalho unilateral, permitindo concentração total em um glúteo por vez. Esta abordagem frequentemente revela e corrige desequilíbrios sutis de ativação que podem limitar o desenvolvimento.
Sessões de ativação dedicadas: Implemente ocasionalmente sessões curtas (15-20 minutos) focadas exclusivamente em ativação e conexão mente-músculo, utilizando cargas muito leves e concentração máxima na sensação de contração. Estas sessões podem ser realizadas como treinos separados ou como preparação para sessões regulares.
Combinando com Outros Exercícios para Desenvolvimento Completo
Embora a máquina de glúteo seja extremamente eficaz, o desenvolvimento completo dos glúteos requer abordagem multifacetada que incorpora diversos padrões de movimento e ângulos de trabalho. Esta seção explora combinações estratégicas para maximizar resultados.
Exercícios Complementares para Diferentes Ângulos
Elevação pélvica (hip thrust) representa complemento perfeito para a máquina de glúteo, trabalhando o glúteo máximo através de padrão de movimento similar mas com curva de resistência diferente. Enquanto a máquina frequentemente cria maior tensão no ponto de contração máxima, a elevação pélvica com barra frequentemente impõe maior tensão na posição intermediária.
Agachamento em suas diversas variações (convencional, sumô, frontal) trabalha os glúteos em conjunto com quadríceps e cadeia posterior através de padrão de movimento diferente, criando estímulo complementar. O agachamento enfatiza os glúteos em posição de maior alongamento, complementando a ênfase da máquina na posição contraída.
Afundo e suas variações (estacionário, caminhante, lateral, búlgaro) criam estímulo unilateral valioso que complementa o trabalho na máquina de glúteo. Estes exercícios adicionam componentes de estabilização e equilíbrio que a máquina não proporciona, criando desenvolvimento mais funcional.
Abdução de quadril (na máquina, com bandas ou cabos) enfatiza especificamente o glúteo médio e porção superior-lateral do glúteo máximo, áreas que recebem estímulo secundário na máquina de glúteo. Esta combinação cria desenvolvimento tridimensional completo do complexo glúteo.
Programas Integrados para Máximos Resultados
Programa de Especialização em Glúteos (4 semanas)
Treino A (2x por semana):
Elevação pélvica com barra: 4 séries de 8-10 repetições
Máquina de glúteo: 4 séries de 10-12 repetições
Agachamento sumô: 3 séries de 12-15 repetições
Abdução de quadril na máquina: 3 séries de 15-20 repetições
Finalizador: Circuito de 3 rounds (ponte de glúteo × 20, abdução com banda × 20, hiperextensão × 15)
Treino B (2x por semana):
Afundo búlgaro: 3 séries de 10-12 repetições por perna
Máquina de glúteo (unilateral): 3 séries de 12-15 repetições por perna
Levantamento terra romeno: 3 séries de 10-12 repetições
Abdução de quadril deitado com banda: 3 séries de 20-25 repetições
Finalizador: 3 séries de máquina de glúteo com drop set (12 repetições + drop 50% × 12)
Programa de Desenvolvimento Equilibrado (integrado em rotina completa)
Dia de Quadril/Glúteos:
Agachamento: 4 séries de 6-8 repetições
Elevação pélvica: 3 séries de 8-10 repetições
Máquina de glúteo: 3 séries de 10-12 repetições
Superset: Abdução de quadril (15-20 repetições) + Extensão de quadril com banda (15-20 repetições) × 3 séries
Dia de Posterior/Isquiotibiais:
Levantamento terra romeno: 4 séries de 8-10 repetições
Flexão de pernas deitado: 3 séries de 10-12 repetições
Máquina de glúteo: 3 séries de 12-15 repetições
Hiperextensão com ênfase em glúteo: 3 séries de 15 repetições
Dia de Treino Completo de Pernas:
Agachamento frontal: 3 séries de 8-10 repetições
Leg press com pés altos: 3 séries de 10-12 repetições
Superset: Máquina de glúteo (12-15 repetições) + Flexão de pernas (12-15 repetições) × 3 séries
Circuito de finalização: Elevação pélvica × 20 + Abdução de quadril × 20 + Panturrilha em pé × 20 × 3 rounds
Estratégias de Periodização para Desenvolvimento a Longo Prazo
Periodização Linear Tradicional:
Fase 1 (Semanas 1-4) - Adaptação/Hipertrofia:
Máquina de glúteo: 3 séries de 12-15 repetições, foco em técnica e conexão mente-músculo
Complementado com elevação pélvica, agachamento e abdução em volume similar
Fase 2 (Semanas 5-8) - Hipertrofia Intensificada:
Máquina de glúteo: 4 séries de 8-12 repetições, aumento progressivo de carga
Introdução de técnicas como drop sets e repetições parciais
Fase 3 (Semanas 9-12) - Força:
Máquina de glúteo: 5 séries de 6-8 repetições, ênfase em carga máxima com técnica perfeita
Redução no volume total, aumento na intensidade
Fase 4 (Semanas 13-16) - Pico/Definição:
Máquina de glúteo: Combinação de séries pesadas (4-6 repetições) e técnicas de intensificação
Aumento na densidade do treino (redução de descanso) e técnicas metabólicas
Periodização Ondulada Não-Linear:
Semana 1:
Dia 1: Máquina de glúteo - Força (6-8 repetições, carga pesada)
Dia 2: Máquina de glúteo - Hipertrofia (10-12 repetições, carga moderada)
Semana 2:
Dia 1: Máquina de glúteo - Hipertrofia (10-12 repetições, carga moderada)
Dia 2: Máquina de glúteo - Metabólico (15-20 repetições, carga leve)
Semana 3:
Dia 1: Máquina de glúteo - Força+ (4-6 repetições, carga muito pesada)
Dia 2: Máquina de glúteo - Hipertrofia+ (8-10 repetições, carga moderada-pesada)
Semana 4:
Dia 1: Máquina de glúteo - Técnicas de intensificação (drop sets, isometria)
Dia 2: Máquina de glúteo - Recuperação ativa (12-15 repetições, carga leve, foco em técnica)
Esta abordagem ondulada previne adaptação excessiva a um único estímulo e frequentemente produz resultados superiores para praticantes intermediários e avançados.
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